Ava Dellaira
Editora Seguinte
Ano de 2014; 344 páginas
Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Cartas de Amor aos Mortos é narrado por Laurel, escrito em forma de cartas para famosos que já morreram. Tudo começa com uma tarefa, Laurel precisa escrever uma carta para alguém que já morreu e é a partir desse ponto que Laurel conta para Kurt Cobain, Amy Winehouse, Janis Joplin, Judy Garland, Heath Ledger e outros artistas sua vida, como tudo, inclusive ela, ficou confuso depois da separação de seus pais e morte de sua irmã.
"Kurt, parece que você conhecia May, Hannah e Natalie, e a mim também. Como se enxergasse dentro de nós. Você cantava sobre o medo, a raiva e todos os sentimentos que as pessoas escondem. Até eu. Mas sei que você não queria ser nosso herói. Não queria ser um ídolo. Só queria ser você mesmo. Só queria que escutássemos sua música."
Lembram que o livro estava na minha Wishlist? Não aguentei e o li em e-book. Não me arrependi nem um pouco, o livro é maravilhoso.
Vamos começar falando de Laurel, ela acabou de terminar o ensino fundamental e agora vai enfrentar o temido, porém esperado Ensino Médio. O problema é que Laurel é uma menina confusa e assombrada pela lembrança da irmã. Laurel é uma personagem legal, mas seu ponto negativo é essa vontade de querer ser a irmã, cada movimento dela é pensado de acordo com May. Isso poderia estragar o livro, mas imagine perder a irmã que tanto amava, sendo ela seu maior exemplo, e ser abandonada por seu pais como se toda felicidade tivesse ido embora com sua irmã.
As cartas são o melhor de todo o livro, Laurel conta sua história conversando com pessoas que amamos, sua primeira carta que foi escrita por causa da tarefa de inglês é escrita para Kurt Cobain, porém nunca chega as mãos da professora, depois de sua primeira carta muitas outras são escritas, cada uma com um acontecimento de sua vida e para alguém que possa entender a situação.
Boa parte do livro é composto por lembranças, como disse ela é assombrada pela lembrança de sua irmã, carrega a tristeza de uma família feliz que não existe mais e ainda acha que sua irmã morreu por sua causa. As lembranças podem ser irritantes no começo, mas depois de um tempo o leitor consegue entender que elas são importantes para o desenvolvimento do livro.
Apesar de viver seus conflitos, Laurel tenta ter uma vida, faz amigos e conhece Sky, deles ela esconde sua vida e a morte de sua irmã, para eles ela tenta ser May. A relação de Laurel e Sky acaba sendo cheia de segredos, afinal ele também esconde seu passado.
Com Sky é possível que o leitor tenha uma relação de amor e ódio, ele só quer o melhor para Laurel, mas por ser assim às vezes só consegue machucar mais ainda o coração partido dela.
Seu amigos acabam sendo os melhores personagens, eles são reais, lendo o livro consegui identificar um pouco deles em meus amigos, pra mim eles representaram o medo de ser quem você é.
A relação de Laurel e seus pais é bem presente, a relação com a mãe é passada a partir das ligações e até mesmo da raiva de Laurel e para seu pai, que parece ter se desligado do mundo depois de tanta tristeza, ela tenta fazer o melhor.
O livro se passa nos dias atuais, mas em alguns momentos é possível viajar para outras épocas, as cartas escritas para cantores, atores e poetas faz isso. É fácil perceber que Laurel escreve para pessoas que nos fizeram felizes, que fizeram grandes coisa grandes, mas que, como diz Laurel, "Não venceram" no fim.
"Judy, eu li que sua primeira lembrança era da música. Da música que tomava conta de uma casa. E, um dia, de repente, a música começou a sair pela janela. Pelo resto da vida, você teve de correr atrás dela."
Enfim, o livro não foi uma boa surpresa porque já esperava uma ótimo obra. É impossível evitar a comparação com As Vantagens de ser Invisível, ele é escrito em cartas e conta sobre a evolução de uma adolescente, mas não se engane, cada livro tem seu jeito de prender o leitor. Se pretende ler prepare-se para algo maravilhoso e triste ao mesmo tempo.
É isso, espero que tenham gostado da resenha e que leiam o livro. Comentem, sigam o blog e acompanhem nossas redes sociais. E só para terminar no clima do livro uma das música mencionadas no livro.
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