2 de ago. de 2018

Entendendo dimensões em jogos | Coluna do Té

Saudações, leitores! Hoje assumo meu melhor perfil de metido a cientista pra trazer a vocês um post com pensamentos meus a respeito das dimensões nos nossos amados telejogos. Apreciem!
Nerdologia, chama nós!


Pra começar, temos que saber o que exatamente considerar quando se fala em dimensões. Sabemos que, na nossa realidade, percebemos três dimensões em objetos comuns: Sua altura, largura e profundidade, e são também as dimensões que podemos nos mover. É difícil imaginar acima disso, então vamos dar um passo pra trás e pensar em sombras, que não possuem profundidade nenhuma, ou seja, duas dimensões. Uma sombra na parede não pode se descolar dela e se mover na terceira dimensão. E se dermos mais um passinho pra trás e pensarmos em algo que só pode se mover em uma única dimensão?

Já mencionamos antes, aqui na Coluna do Té, o primeiro jogo eletrônico na história. Trata-se de Pong, um jogo onde você controla uma barra que só se move pra cima e pra baixo. Tudo bem que o jogo tem duas dimensões, mas o jogador só se move em uma.

Lançamento 2019
Logo depois, os jogos já começaram a dar incríveis duas dimensões pra gente se mover, como nos clássicos e maravilhosos jogos de plataforma. O 2D é um estilo que sobrevive firme e forte até hoje, mesmo em jogos com gráficos em 3D, como a maioria dos jogos de luta atuais, que ainda mantêm aquele esqueminha da câmera de lado e um lutador em cada canto. Mas, voltando à era em que só o 2D existia, essa foi a única realidade possível nos jogos durante algumas gerações, e não vai ser esquecido tão fácil por uma geração de desenvolvedores de jogos que foi criada consumindo isso.

Exclusivo pra Play Station 5
Lá pela época do Play Station 1, os jogos em três dimensões começaram a ficar mais comuns. Marcaram tanto quanto os 2D, abrindo várias possibilidades novas por se aproximar mais do universo que estamos acostumados. Jogos de skate, de tiro, de dança, cenários e mapas maiores e mais completos pra explorar, e assim é até hoje, dos consoles mais caros até o celular no nosso bolso.

Hoje eu tô todo trabalhado no retrô
E falando em explorar, é agora que a gente começa a dar uma viajada, porque vamos começar a explorar a quarta dimensão. Já é do conhecimento de muitos que o tempo é considerado a quarta dimensão. Dessa forma, assim como se mover somente pra cima e pra baixo significa se mover em uma dimensão, se mover também para os lados é se mover em duas, se mover também em profundidade é se mover em três, se mover pelo tempo significa se mover pela quarta dimensão. A temática de viagem no tempo nem é algo tão raro em jogos, portanto, já demos uma explorada nisso. O jogo que me fez pensar no assunto foi Dragon Ball Xenoverse 2, onde você cria um personagem e trabalha como patrulheiro do tempo, viajando pra épocas em que alguma alteração é feita na história e consertando o estrago pra que o presente não seja alterado. Nesse jogo, pessoas de épocas diferentes convivem num mesmo lugar, inclusive versões da mesma pessoa com idades diferentes podem estar no mesmo ambiente, e é comum ir a outro ano como se vai ao banheiro.

Tenho vivido muito nesse mundinho aí
E agora, prontos pra ir ainda mais fundo nessa viagem de ácido? Pois bem, se a quarta dimensão é considerada como uma linha do tempo contendo passado, presente e futuro; a quinta dimensão envolve várias linhas do tempo com passados, presentes e futuros diferentes, ou seja, realidades paralelas. Ainda jogando Dragon Ball Xenoverse 2, uma coisa me remeteu muito uma viagem pela quinta dimensão: O modo online.
Jogando normalmente, você vive numa vila que, em seu centro, possui um holograma com o mais forte dos patrulheiros do tempo na sua realidade. Esse patrulheiro pode ser diferente no jogo de cada pessoa. Ao ir para o modo online, você convive nessa vila com jogadores que vieram de realidades diferentes, com patrulheiros diferentes nos hologramas, e, nessa realidade, o holograma vai ser a imagem do mais forte dos jogadores reais presentes no momento. É realmente como um encontro de realidades, cada uma representada por um jogador real, que é alterada de acordo com quem está por lá. Você pode ser conhecido como o mais forte dos patrulheiros da vila na sua realidade, e em outra ser o mais fraco, sem sequer ter saído do lugar - apenas da sua linha do tempo.


E, bom, prometi apenas cinco dimensões, mas, fazendo um esforcinho, ainda podemos pensar em jogos em que nos movemos pela sexta. Aqui a coisa fica um pouco mais esquisita, porque a sexta dimensão é considerada como as diversas linhas do tempo que surgem a partir do início da existência do universo. Ou seja, todas as linhas do tempo que consideramos na quinta dimensão existem a partir, digamos, do big bang, ou seja lá como essa realidade começou. Mas, se formos para uma realidade em que tudo no universo é diferente desde o início, possibilitando até mesmo que as leis da física sejam outras, viajamos pela sexta dimensão.
Quando penso em jogos com leis da física diferentes, logo lembro de Minecraft. Lá não existem curvas, a gravidade não se aplica igualmente a todos os objetos, enfim, muita coisa é bem diferente do que estamos acostumados. Mas o próprio minecraft não poderia ser considerado um jogo que nos possibilita viajar pela sexta dimensão, nós só vivemos naquela mesmo. E é aqui que entra The Stanley Parable: um jogo com uma proposta bem incomum, onde você só pode andar por um prédio vazio e clicar em coisas enquanto um narrador guia seus atos, mas obedecer ou não seus comandos guia toda a jogatina. Em um dos finais possíveis no jogo, o narrador se enfurece e te transporta para o universo de Minecraft. Nesse momento, voalá, uma viagem pela sexta dimensão!

Lembro dessa decisão como se fosse ontem.
Juro que é  mesmo jogo da imagem de cima.
Enfim, vamos parar por aqui, porque sequer sei se nós, meros humanos, somos capazes de imaginar uma viagem pela sétima dimensão. Já é uma loucura entender o que ela é. Espero tê-los entretido com mais uma teoria esquisita e feito parecer que eu sei algo do que estou falando. Assistam Nerdologia, aZeus a todos e até a próxima!

-Té.

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