25 de jun. de 2017

Resenha | Tudo e todas as coisas




Tudo e todas as coisas

Nicola Yoon
Ano: 2016
304 Paginas
Editora Novo Conceito

"Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."



Já notou como é difícil conhecer um livro que não está por ai, nas redes sociais, nas resenhas ou nas estantes dos leitores? Eu sei que quando sai adaptação de algum livro os fãs logo ficam apreensivos ou até incomodados, será que aquela adaptação vai ser tão boa quanto a obra original? E será que vai virar modinha - aquela expressão que nem é mais modinha? A verdade é que um livro só é lido/conhecido quando é comentado; eu, por exemplo, não conhecia Tudo e Todas as coisas até que ouvi sobre o filme, descobri a existência do livro e fui correndo ler. Posso dizer que se agora tenho um novo favorito na lista é graças ao tanto que estão falando sobre a adaptação.

Madeline Whittier tem 17 anos e nunca saiu de casa. Mads precisa conviver com uma doença rara, a IDCG (imunodeficiência combinada grave) e por isso passa todos os dias de sua vida dentro de casa e com uma rotina definida; tudo o que ela tem é seu quarto branco, suas roupas brancas, seus livros e a imaginação de como pode ser o mundo lá fora.

Quando novos vizinhos chegam ao seu bairro, ela da atenção especial ao garoto de roupas pretas e que parece não conseguir ficar parado, Olly, logo os dois começam a se comunicar e a única ajuda com a qual podem contar é a de Carla, enfermeira de Mads. Mesmo vivendo e sentindo coisas que jamais imaginou que poderia, Madeline sabe que tudo o que ainda queria viver é perigoso demais.

Seja corajosa. Lembre-se: a vida é um dom.


Nicola Yoon é, antes de qualquer coisa no livro, incrível e uma ótima escritora, ela deu ao livro a aura, ritmo e clima que queria usando dos capítulos curtinhos e brincadeiras feitas através de desenhos e ilustrações que deixaram o livro simples e rápido de ler. A escritora é dessas que você lê uma vez e precisa ir atrás de todo o seu trabalho porque é fácil se apaixonar pela forma como seu livro é criado.

Madeline é a protagonista perfeita, conformada com sua situação, ela sabe que o melhor pra ela é seguir as regras e viver a vida da melhor forma que sua doença permitir. Mads é divertida, forte e inspiradora, não existe sequer um momento do livro em que seja possível desgostar da protagonista, ela sempre nos entrega os melhores diálogos quando conversa com Olly, as melhores situações com Carla e uma ótima relação - ao menos no inicio do livro - com sua mãe.

Olly, além de ser tão divertido e inteligente quanto a protagonista, vem trazer vida a Madeline, a cada conversa dos dois é possível ver uma certa mudança nela, começamos a ver como a menina quer ser além da doença e que não quer deixar que sua condição dite sua vida e é Olly que vem fazer essa mudança, trazendo amor e acima de tudo amizade.

Talvez seja a culpa por estar sendo egoísta, por querer estar com o Olly até mesmo agora. A cada momento que eu passo com ele, aprendo algo novo. Eu me torno uma pessoa nova.

O livro não é nada pesado, apesar de lidar com a complexidade, dores e restrições da doença de Madeline, é fácil e rápido de ler e com certeza vai virar paixão de quem tentar. O único ponto que pode incomodar é o desfecho da obra, com uma reviravolta difícil de imaginar, ele te faz repensar tudo o que leu, ver de outra forma e nos leva a um fim totalmente diferente do imaginado.

Enfim, um livro incrível, uma escritora consciente de onde quer chegar e uma protagonista maravilhosa nos entregam uma história diferente e interessante com uma narrativa deliciosa e emocionante e que dificilmente seria possível não gostar.

 

E por hoje é isso, galerinha. Espero que tenham gostado da resenha, leiam o livro porque é ótimo e prometo trazer resenha do filme assim que tiver a oportunidade de assistir, se já leu deixa aqui aquele comentário lindo com sua opinião e não esquece de seguir o blog e nossas redes sociais, ta tudo muito legal por lá, até logo.

Um comentário:

  1. Amei o filme, talvez a única atriz que acabou me incomodando um pouco foi a que vive a mãe da protagonista e a sua falta de expressão. A personagem parece engessada em seus mais diversos humores. Adoro ler livros, cada um é diferente na narrativa e nos personagens, é bom que cada vez mais diretores e atores se aventurem a realizar filmes baseados em livros. Adorei 7 Minutos Depois da Meia Noite, que é um dos melhores drama filmes , porque tem toda a essência do livro mais sem dúvida teve uma grande equipe de produção. É muito inspiradora, realmente a recomendo.

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