19 de fev. de 2016

Resenha | Caçadora de Unicórnios


Caçadora de Unicórnios


Caçadora de Unicórnios (Ordem da Leoa)

Diana Peterfreund | Galera Record
Ano de 2013 | 364 páginas




Astrid é uma jovem de 16 anos, estudante e com um relacionamento caminhando para sério tem as inseguranças de toda adolescente, o única fato realmente curioso em sua vida é sua mãe, Lilith, que quando jovem acreditava cegamente na existência de unicórnios, sem sucesso em provar a existência ela é tratada como excêntrica. Astrid cresceu ouvindo de sua mãe histórias sobre unicórnios e uma antiga ordem que acredita não apenas que unicórnios existem, mas que são bestas carnívoras e cruéis.

A garota cresce sem acreditar nas coisas que sua mãe fala, obviamente, mas tudo muda quando ela mesma se vê diante de uma dessas criaturas e descobre que é seu dever ir até Roma, antiga cidade das Caçadoras, treinar e descobrir o motivo pelo qual essas criaturas voltaram e o que realmente querem.


O livro escrito em primeira pessoa segue a antiga receita de livros de fantasia, jovem com um destino descobre depois de anos suas habilidades, vai para um local onde descobre outros jovens com as mesmas habilidades, aprende a controlar essas habilidades e finalmente as coloca em prática.

Apesar da fórmula gasta e já conhecida Caçadora de Unicórnios traz uma mitologia própria e bem trabalhada, os unicórnios fofinhos e coloridos que conhecemos dão lugar a bestas que são exatamente o contrário disso, ferozes e sangrentos, entre eles existe apenas um que foge ao padrão e acaba se tornando um dos melhores personagens do livro.

Como disse, o livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista que consegue nos conquistar ao decorrer da leitura. Astrid tem um humor sarcástico e uma personalidade forte que fazem toda a diferença no livro. Até mesmo as cenas em que ela lida com seus conflitos conseguem soar naturais - o que, vamos dizer a verdade, nem sempre acontece com protagonistas.

Os outros personagens, como por exemplo as outras caçadoras, também conseguem ser muito bem trabalhados, até mesmo os que aparecem menos conseguem quase sempre nos passar muito de sua personalidade, foram poucos os personagens com os quais não simpatizei.

Por um dos "quesitos" para ser caçadora de unicórnios ser a virgindade e por a maior parte das personagens serem garotas adolescentes pensei que talvez o livro pudesse focar muito em assuntos dessa faixa etária e tomar um tom didático, porém é tudo tratado com naturalidade e de forma nada exagerada.

Como sempre, nem tudo foram apenas pontos positivos no livro. O inicio, toda a descoberta sobre ser uma caçadora e ir para Roma podem parecer rápidos demais para quem está acostumado com obras que adotam a mesma fórmula usada nesse. O mesmo problema parece acontecer no fim do livro, a batalha final é corrida e acaba virando apenas uma cena de pura luta sem motivo aparente. Também é necessário falar do vilão da história, que além de ser óbvio para os acostumados com esse tipo de leitura, não deixa suas motivações tão claras como deveriam e de alguns erros de continuação, que apenas deixei passar por esse ser o primeiro livro de uma trilogia.

Por fim, Caçadora de Unicórnios consegue ser um livro leve com uma história bem construída e que com alguns acertos aqui e ali consegue ser uma boa aventura para quem gosta de garotas que se mostram fortes e criaturas fantástica não tão fofinhas.


E essa foi a resenha de hoje, espero que tenham gostado e que eu tenha conseguido matar um pouco das dúvidas sobre o livro. Para atualizar vocês, essa foi uma das leituras para o projeto IDY 2016, o tema escolhido por mim esse mês foi "livro com sua inicial". Não esqueçam de acompanhar nossas redes sociais, elas deixam você atualizados sobre o que acontece por aqui.

3 comentários:

  1. Oi, tudo bem? Sigo seu blog tem um tempo, e passei aqui pra divulgar o meu! Se puder visitar e seguir, agradeço.
    silencio-colorido.blogspot.com.br

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  2. Olá!
    Também participou do I Dare You e adoro.
    Eu não conhecia esse livro que você leu e pareceu interessante. Também achei a capa linda.
    É chato quando há cenas que poderiam ser boas e são pouco desenvolvidas, corridas demais né? Pecado feio esse!

    Boas leituras!
    Bjão.
    Diego, Blog Vida & Letras
    www.blogvidaeletras.blogspot.com

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  3. Oi Carol,
    Não conhecia esse livro, achei a proposta bacana e fiquei curiosa, ainda mais pelo título.
    Adorei a sua forma de avaliação, bem criativa.

    Nana - Obsession Valley

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Segue o Página 394

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